
O retinoblastoma é o tipo de câncer de olho infantil mais comum, sendo o primeiro câncer da história a ser definido como uma doença genética. Trata-se de um tumor maligno (portanto, grave), que se desenvolve na retina da criança e provoca a leucocoria. Esse reflexo surge porque a massa do tumor causa o descolamento da retina, o que faz com que ele seja facilmente visualizado na pupila.
O retinoblastoma é mais comum em crianças de 2 a 5 anos de idade, mas também pode afetar bebês com menos de 1 ano. Em torno de 95% dos casos são descobertos antes dos 5 anos de idade, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA.
. Diagnóstico do retinoblastoma
Existem alguns exames que podem ajudar no diagnóstico do retinoblastoma para confirmar ou descartar. O primeiro exame é realizado pelo oftalmologista na consulta, é chamado exame de fundo de olho. Agora vamos aos exames de imagens, sendo: ultrassonografia do globo ocular, tomografia e ressonância magnética das órbitas oculares. É importante ficar alerta para qualquer anormalidade nos olhos da criança. Se perceber qualquer sinal, procure um oftalmologista o mais rápido possível, para que ele possa confirmar ou descartar adequadamente o diagnóstico de retinoblastoma. Na consulta, o médico irá realizar o exame clínico e poderá solicitar também exames de imagem, como tomografia de crânio (encéfalo), tomografia das órbitas (olhos) e/ou ressonância magnética das órbitas (olhos).
. Retinoblastoma tem cura?
Com acompanhamento e tratamento adequados, o retinoblastoma tem cura em 90% dos casos. O principal objetivo dos métodos utilizados é eliminar o tumor e salvar a vida da criança, buscando preservar o olho e o máximo da visão, se possível, além de prevenir a volta do câncer futuramente. Para isso, as opções de tratamento que costumam ser recomendadas são:
Laserterapia: utilizada, principalmente, em casos em que o tumor é pequeno, ainda em estágio inicial, que atinge somente a retina e não está espalhado para outros locais do globo ocular.
Crioterapia: técnica pouco invasiva que utiliza substâncias para congelar o tumor e destruí-lo.
Termoterapia transpupilar (TTT): trata-se do uso de uma radiação infravermelha para queimar e eliminar o tecido do tumor.
Quimioterapia: serve para reduzir o tamanho do tumor e controlar a sua multiplicação. Também ajuda outros tratamentos a serem mais efetivos, como laserterapia e crioterapia.
Radioterapia: são colocadas pequenas placas com semestes radioativas próximo ao tumor, fora do olho, para ajudar a reduzi-lo.
Cirurgia e retirada do globo ocular (denominada enucleação): a cirurgia só costuma ser indicada em casos de tumores mais avançados, quando não respondem a outras formas de tratamento.
O tratamento mais adequado (ou a melhor combinação de métodos) varia de acordo com cada caso. O oftalmologista irá analisar o tamanho do câncer, se o retinoblastoma atingiu só um olho ou ambos, se espalhou para outras regiões, entre outras questões. É importante reforçar que, quanto mais cedo descobrir a doença, maiores são as chances de cura! Além disso, caso o câncer evolua e atinja estágios mais avançados, as chances de preservar o olho e a visão da criança diminuem.
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